Banco mantém crescimento sólido em receitas e ativos sob gestão, apesar de recuo na rentabilidade
O BTG Pactual alcançou um lucro líquido ajustado recorde de R$ 2,9 bilhões no segundo trimestre de 2024, representando um aumento de 15% em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar do avanço nas receitas, a rentabilidade apresentou uma leve queda, com o retorno sobre o patrimônio anualizado (ROAE) fechando em 22,5%, contra 22,7% em 2023 e 22,8% no primeiro trimestre deste ano.
No final do segundo trimestre, o BTG registrou uma captação líquida de R$ 56 bilhões, ultrapassando a marca de R$ 1,7 trilhão em ativos sob gestão e administração, um crescimento de 23% em comparação ao ano anterior. A receita total também atingiu um novo recorde, somando R$ 5,99 bilhões, o que representa um aumento de 10% na comparação anual.
A divisão de banco de investimento destacou-se com receitas de R$ 557,7 milhões, um crescimento expressivo de 82% em relação ao segundo trimestre de 2023. Esse desempenho foi impulsionado pela forte contribuição da área de operações no mercado de dívida (DCM), que registrou o segundo melhor trimestre da sua história.
O segmento de crédito corporativo e bancário também apresentou crescimento robusto, com receitas subindo 20% para um recorde de R$ 1,5 bilhão. O portfólio de crédito do banco atingiu R$ 194,8 bilhões, um aumento de 27%, com a carteira de crédito de pequenas e médias empresas alcançando R$ 23,4 bilhões.
Por outro lado, a área de sales and trading apresentou uma queda de 26% nas receitas, totalizando R$ 1,388 bilhão. Apesar do ambiente desafiador, o banco conseguiu manter o value at risk (VaR) no segundo menor nível da sua história, em 0,21%.
Na área de asset management, o BTG registrou uma expansão de 27% nas receitas, atingindo R$ 548 milhões, enquanto os ativos sob gestão e administração (AuM e AuA -Assets under Management e Assets under Administration) totalizaram R$ 920 bilhões, um aumento de 20% em relação ao ano anterior.
A unidade de wealth management and personal banking também teve um desempenho notável, com receitas recordes de R$ 928 milhões, um crescimento de 28%. Os ativos sob gestão nessa área aumentaram 27%, totalizando R$ 799 bilhões, com uma captação líquida de R$ 28 bilhões no trimestre.
Analistas do Citi consideraram o desempenho do BTG sólido, destacando os lucros em meio a um cenário desafiador. Eles também elogiaram a melhoria nas principais unidades de negócios e a adaptação do banco ao cenário atual, refletida na redução do VaR* diário.
*Value at Risk, um indicador de risco que considera a perda máxima possível de um investimento em um período de tempo e intervalo de confiança estabelecido. O VaR possui um cálculo que analisa a exposição ao risco financeiro dos ativos em um período de tempo especificado.
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