O Chefe do Estado-Maior Geral das Forças Armadas Israelenses (IDF), General Herzi Halevi, fez um pronunciamento à nação no início da noite. Acusou o líder do Hamas em Gaza e segundo na hierarquia da organização, Yahia Sinwar, de ter orquestrado o ataque. Declarou que Sinwar e todos sob comando dele são homens mortos-ambulantes. Halevi reconheceu as falhas de segurança ocorridas no sábado, 7 de outubro, mas deixará as análises para depois. Agora é guerra. No final da tarde, soldados israelenses localizaram e mataram um terrorista na área do kibbutz Kissufim. A Força Aérea Israelense bombardeia continuamente alvos atribuídos ao Hamas em Gaza, entre eles instalações da força de elite do Hamas, Nukhba. Mais de 6.000 bombas foram lançadas sobre 3.600 alvos.
Sirenes continuam soando no norte de Israel. Um alerta de detecção aérea foi confirmado e caças operaram a interceptação da ameaça. A organização Human Rights Watch acusou Israel pelo uso de projetis de artilharia de 155mm de fósforo branco em Gaza e no Líbano.
O Porta-Voz do Secretário Geral da ONU informou no início da noite que o número de desalojados em Gaza passa dos 300 mil e o número tende a crescer. Mais de dois terços encontram-se abrigadas em 92 escolas da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA). O corte de energia e combustível para Gaza implica em crise de fornecimento de água, que necessita de energia para operação de bombas d’água e dessalinizadores. Agências humanitárias informam estar enfrentando grandes limitações ao seu trabalho. Doze funcionários da UNRWA morreram desde sábado e cinco membros da Cruz vermelha, que trabalhavam em ambulâncias de resgate, também morreram em decorrência dos ataques aéreos. O Diretor da Cruz Vermelha para o Oriente Médio e Próximo, Fabrízio Carbone, afirmou que os hospitais podem se transformar em necrotérios por causa da falta de energia.
Seguindo a visita do Secretário de Estado, Anthony Blinken, o Secretário de Defesa, Lloyd Austin, também irá se encontrar na sexta-feira, 13, com o Primeiro-Ministro Benjamin Nethanyahu. Em entrevista a imprensa, Austin declarou que os Estados Unidos não colocarão qualquer condição no fornecimento de equipamentos a Israel.
Em postagem nas redes sociais, o fundador do Hamas, Khalid Mashal, conclamou os muçulmanos de todo o mundo a marcar o dia 13 de outubro como “a sexta-feira da Inundação de Al-Aqsa”: um dia para o sacrifício, heroísmo e dedicação à causa.
As forças especiais de Israel são reconhecidas por sua expertise em resgate de reféns, mas encontrar 150 pessoas espalhadas por casas, instalações e uma rede de túneis espalhada pelos 365 km2 de Gaza é um trabalho que exige informação confiável e precisão operacional, difíceis até mesmo com o auxílio dos Navy Seal e da equipe de operações especiais da CIA, presentes na região.
Créditos: defconbr.net / Carlos Kwasinski
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