Bandeira do Estado islâmico estava entre objetos deixados pelos terroristas. Foto: IDF.
Dia de reforço de preparativos na fronteira de Gaza. O exército israelense continua a concentrar tropas na linha do armistício de 1950. Problemas pontuais na logística de deslocamento causaram pequenos atrasos na mobilização de reservistas, mas cerca de 300 mil militares devem compor a força de reação. Enquanto isso, a Força Aérea israelense continua atacando alvos ligados ao Hamas em Gaza.
Situação também permite a evacuação de estrangeiros do território palestino. Informes dão conta de que pelo menos 50 brasileiros estariam em Gaza e serão retirados por via terrestre. O primeiro KC-30 da FAB pousou em Brasília às 04h10, trazendo 211 brasileiros que embarcaram no aeroporto de Tel Aviv.
O Secretário de Estado Anthony Blinken chega na quinta-feira, 12, a Israel. Uma viagem longa que deve ir além da mera manifestação de condolências. No front político, Netanyahu cede espaço ao líder da oposição, General Benjamin Gantz e forma governo de coalisão. O objetivo é unir forças contra o Hamas e mostrar união na operação terrestre que se iniciará nos próximos dias. Mas ao fim da crise, Gantz sairá fortalecido. Eventuais bônus serão divididos entre os dois políticos ao passo que o ônus de qualquer fracasso é de Netanyahu.
Expectativa em relação ao mundo islâmico. Apontado como tutor do ataque, Irã nega. Ao mesmo tempo, o Aiatolá Khamenei saúda os jovens guerreiros palestinos. E entrevista, a Ministra da Inteligência de Israel, Gila Gamliel, vinculou os ataques ao Irã.
Situação dos reféns é o ponto crítico da guerra contra o Hamas. As mulheres e crianças sequestradas deverão servir como moeda de negociação pela libertação de outros presos em Israel entre os quais há mulheres e adolescentes. A existência de reféns de nacionalidade norte-americana e, possivelmente, francesa e tailandesa vai transbordar a crise para outros países. Embora Netanyahu tenha prometido agir com toda força para resgatar os reféns, no caso do soldado Gilad Shalit a negociação levou 5 anos e Shalit foi trocado por 1.000 palestinos presos.
Créditos: defconbr.net / Carlos Kwasinski
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