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Brasil supera 6 milhões de casos de dengue em 2024, com quase 6 mil mortes confirmadas

A explosão de casos destaca falhas na prevenção e controle, evidenciando um cenário de descaso e crise sanitária



O Brasil registrou 6.484.890 casos prováveis de dengue ao longo de 2024, com 5.972 mortes confirmadas e 908 óbitos ainda em investigação, de acordo com dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde. O coeficiente de incidência da doença chegou a 3.193,5 casos por 100 mil habitantes, evidenciando uma situação alarmante.


Entre os infectados, 55% são mulheres, e a maior parte dos casos foi registrada na faixa etária dos 20 aos 29 anos, seguida pelos grupos de 30 a 39 e de 40 a 49 anos. Em termos de raça/cor, a maior proporção ocorreu entre brancos (42%) e pardos (34,4%), enquanto pretos representaram 5,1% dos casos. No entanto, 17,3% das notificações não tiveram essa informação registrada, um dado que reflete a falta de detalhamento no monitoramento.


São Paulo lidera em número absoluto de casos prováveis, com 2.182.875 registros, seguido por Minas Gerais (1.695.024) e Paraná (656.286). Quando considerado o coeficiente de incidência, o Distrito Federal aparece como o mais afetado, com 9.907,5 casos por 100 mil habitantes. Minas Gerais e Paraná completam a lista dos estados com maior incidência, com 8.252,8 e 5.735,2 casos por 100 mil habitantes, respectivamente.


O Distrito Federal sofreu um aumento expressivo de 584% nos casos prováveis de dengue em 2024 em comparação a 2023. O número de mortes saltou de 14 para 440 no período. Esses dados refletem não apenas a propagação acelerada do vírus, mas também uma resposta insuficiente para lidar com a crise.


O avanço da dengue no Brasil em 2024 expõe deficiências estruturais no combate a doenças endêmicas e na gestão pública de saúde. Apesar de campanhas sazonais e ações pontuais, a falta de planejamento de longo prazo e a ineficácia no controle do vetor continuam a transformar a dengue em uma ameaça crescente.


Enquanto a sociedade lida com as consequências dessa crise, o volume de casos registrados evidencia que o Brasil ainda está longe de adotar estratégias eficazes de prevenção, deixando milhões de pessoas vulneráveis ano após ano.

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