Brasil deve ser fortemente impactado por novas tarifas de 25% sobre aço e alumínio nos EUA
- Núcleo de Notícias
- 10 de fev.
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Medida de Trump amplia restrições comerciais e pode atingir exportações brasileiras em bilhões de dólares

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve anunciar nesta segunda-feira (10) a imposição de tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio, afetando diretamente grandes fornecedores como Brasil, Canadá e México. A decisão amplia a política protecionista americana e busca fortalecer a indústria nacional, mas pode gerar impactos significativos no comércio global.
O Brasil, segundo maior exportador de aço para os EUA, será um dos países mais afetados. Atualmente, cerca de 48% das vendas externas brasileiras de aço têm como destino o mercado americano, enquanto o alumínio representa 16% das exportações nacionais do setor. No total, os embarques de ambos os metais renderam ao Brasil US$ 7,5 bilhões em 2024.
Escalada de tensões comerciais
A decisão de Trump ocorre em um contexto de crescente tensão no comércio internacional. A União Europeia e países asiáticos, como Coreia do Sul e China, já sinalizaram preocupação com a medida e podem adotar retaliações. O bloco europeu, que sofreu sanções semelhantes no primeiro mandato de Trump, avalia reações, enquanto Pequim anunciou que tomará medidas contra as tarifas americanas.
O impacto da medida se estende para a própria economia dos EUA, que depende das importações desses metais para setores estratégicos como aeroespacial, automotivo e de energia. Empresas americanas que utilizam aço importado já demonstram preocupação com o aumento dos custos e possíveis dificuldades de abastecimento.
Brasil sob risco de perdas bilionárias
A decisão pode forçar siderúrgicas brasileiras a buscar novos mercados ou reduzir exportações para os Estados Unidos. Além disso, a possível resposta de outros países com restrições ao comércio pode afetar ainda mais as exportações brasileiras.
Diante da situação, o governo brasileiro deve intensificar negociações para minimizar os danos econômicos e, possivelmente, tentar obter isenções para determinados produtos. Entretanto, com o endurecimento da postura protecionista de Trump e o mau relacionamento entre o governo brasileiro e a administração Trump, o cenário se mantém incerto e pode representar um desafio para o setor siderúrgico nacional.
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