Bolsonaro denuncia perseguição política e compara julgamento ao de regimes autoritários
- Núcleo de Notícias
- 26 de mar.
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Ex-presidente aponta julgamento como tentativa de retirá-lo da disputa eleitoral

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) classificou o julgamento que o tornou réu por "tentativa de golpe de Estado" como uma manobra política para impedir sua participação nas eleições presidenciais de 2026. Em publicação no X, Bolsonaro criticou a rapidez do julgamento e alertou para um possível atentado jurídico contra a democracia.
— Estão com pressa. Muita pressa. O processo contra mim avança a uma velocidade 14 vezes maior que o do Mensalão e pelo menos 10 vezes mais rápida que o de Lula na Lava Jato. E o motivo? Nem tentam mais esconder. A própria imprensa noticia, abertamente e sem rodeios, que a motivação não é jurídica, mas política: o tribunal tenta evitar que eu seja julgado em 2026, pois querem impedir que eu chegue livre às eleições porque sabem que, numa disputa justa, não há candidato capaz de me vencer — afirmou.
O ex-presidente sustentou que seu julgamento está sendo conduzido de forma parcial e comparou a situação ao que ocorre em países autoritários da América Latina.
— Todos sabem que o que está em curso é, na verdade, uma espécie de atentado jurídico à democracia: um julgamento político, conduzido de forma parcial, enviesada e abertamente injusta por um relator completamente comprometido e suspeito, cujo objetivo é se vingar, me prendendo e me retirando das urnas — declarou.
Bolsonaro também alertou que a comunidade internacional acompanha atentamente o desenrolar dos acontecimentos no Brasil, citando o padrão de perseguição visto na Nicarágua e na Venezuela.
— Se realmente acreditassem na democracia que dizem defender, me enfrentariam no voto, não no tapetão — enfatizou.
Por unanimidade, o STF decidiu tornar Bolsonaro e outros sete aliados réus no inquérito sobre o suposto golpe de Estado. O placar foi de 5 a 0, e agora será aberta uma ação penal contra o ex-presidente e seus aliados, incluindo ex-ministros e militares de alta patente.
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