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Bolsonaro critica chefe da PF por declarações sobre imunidade parlamentar

Ex-presidente acusa Andrei Rodrigues de invadir prerrogativas do Legislativo e afronta à liberdade de expressão



O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reagiu com indignação às declarações do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, sobre a inexistência de uma “imunidade absoluta” para parlamentares. Em publicação na rede social X, Bolsonaro afirmou que Rodrigues estaria ultrapassando os limites de sua função ao rebater o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em relação às prerrogativas dos deputados.


“Intromissão em questões internas”


Sem citar diretamente o nome de Rodrigues, Bolsonaro acusou o chefe da PF de “se intrometer em questões internas ao Legislativo” e de afrontar a “palavra livre dos representantes do povo”. Ele defendeu a imunidade parlamentar como um pilar essencial da democracia e expressou solidariedade aos deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Marcel van Hattem (Novo-RS) e Cabo Gilberto Silva (PL-PB).


A crítica ocorre em meio a tensões envolvendo investigações da PF contra deputados da oposição. Recentemente, Marcel van Hattem e Cabo Gilberto Silva foram indiciados por críticas feitas ao delegado Fábio Schor, responsável por inquéritos que incluíram o próprio Bolsonaro entre os investigados.


O embate com o presidente da Câmara


Após o indiciamento dos parlamentares, Arthur Lira afirmou que a Câmara dos Deputados iria “aos últimos limites” para proteger as prerrogativas de seus membros, sugerindo possível responsabilização por abuso de autoridade.


Rodrigues, no entanto, rebateu Lira, afirmando que “não existe imunidade absoluta” para os parlamentares. Segundo ele, as investigações da PF seguem estritamente a Constituição e as leis, sem influência externa.


Um ataque à liberdade de expressão


A declaração de Rodrigues gerou críticas de setores que defendem a imunidade parlamentar como uma proteção indispensável à liberdade de expressão no exercício do mandato. Para Bolsonaro, o posicionamento do diretor-geral da PF reflete uma tentativa de restringir o direito dos representantes eleitos de falar livremente no Parlamento, minando a democracia.

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