Bolsonaro convoca apoiadores para ato na Paulista em defesa da anistia
- Núcleo de Notícias
- 6 de abr.
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Ex-presidente destaca casos de Eliene Amorim e Débora Rodrigues como símbolos de injustiça e reforça mobilização popular

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reforçou o convite a seus apoiadores para a manifestação marcada para este domingo na Avenida Paulista, em São Paulo, em defesa da anistia dos brasileiros presos após os eventos de 8 de janeiro de 2023. A concentração está prevista para as 14h e tem como objetivo protestar contra o que o ex-mandatário chama de perseguição judicial e abusos de autoridade.
Em publicação na rede social X, Bolsonaro destacou o caso de Eliene Amorim de Jesus, missionária e estudante de psicologia que estava presa há dois anos sem julgamento. Segundo ele, Eliene apenas acompanhava os acampamentos em frente a quartéis com “papel e caneta na mão”, pois desejava escrever um livro sobre o movimento. A jovem recebeu recentemente autorização para prisão domiciliar, decisão que Bolsonaro atribuiu à pressão popular nas redes sociais.
— Após dois anos presa em Pedrinhas, sem crime e sem julgamento, Eliene está indo para casa. Mas ela ainda não está livre. Terá que usar tornozeleira, não poderá se expressar nem receber visitas. Isso ainda está longe de ser liberdade — escreveu.
Bolsonaro também citou o caso de Débora Rodrigues, que havia sido detida por pichar a estátua da Justiça com batom durante os protestos de 8 de janeiro, e que também foi beneficiada por decisão que converteu sua pena em prisão domiciliar. Para o ex-presidente, ambos os casos evidenciam que “a pressão do povo funciona” e que mobilizações como a deste domingo podem ser decisivas para mudar o rumo dos processos.
— Por Eliene. Por Débora. Pelo Clezão. Pelos que ainda estão presos injustamente. Por um Brasil livre. Por um futuro melhor para os nossos filhos — concluiu Bolsonaro, reiterando o chamado à manifestação.
O ato é mais uma etapa da mobilização popular em torno do tema da anistia aos envolvidos nos protestos de 2023. O movimento tem como lema central a defesa das liberdades individuais, a revisão das decisões do Judiciário e a denúncia de excessos praticados em nome de uma suposta “ordem institucional”.
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