Bolsonaro classifica relatório da PF como “ficção” e denuncia perseguição política
- Núcleo de Notícias
- 29 de nov. de 2024
- 2 min de leitura
Ex-presidente critica inquérito sobre suposto plano de golpe e aponta práticas ilegais

Durante entrevista ao programa Oeste sem Filtro, da Revista Oeste, nesta quinta-feira (28), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) repudiou o relatório da Polícia Federal (PF) que o envolve em um suposto plano de golpe de Estado, qualificando-o como uma "peça de ficção" e "pirotecnia jurídica". Bolsonaro argumentou que as acusações carecem de fundamento e são baseadas em uma prática judicial que chamou de “pesca probatória”.
O ex-presidente ironizou a tese central do inquérito, descrevendo-a como "um golpe de festim", e questionou a viabilidade do alegado complô. “Falar em golpe de Estado com um general da reserva, quatro oficiais e um agente da PF é outra piada”, declarou. Bolsonaro também afirmou que as investigações visam prejudicá-lo politicamente, em resposta ao que descreveu como ações de seu governo que teriam “fechado ralos” para aqueles que se beneficiavam dos recursos públicos.
Perseguição e cenário político
Bolsonaro sustentou que é o alvo principal do inquérito, que já resultou no indiciamento de outras 36 pessoas. Ele sugeriu que a motivação seria a eliminação de sua influência política, sobretudo após sua inelegibilidade por oito anos. “O que eles querem agora é arranjar uma cadeia pra mim”, afirmou.
O líder conservador também comentou o contraste entre seu apoio popular e a situação do presidente Lula, declarando: “Ninguém entende como eu ando pelo Brasil arrastando multidões e o outro cara [Lula] não consegue ir numa esquina”.
“Golpe usando a Constituição?”
Bolsonaro rejeitou veementemente qualquer intenção de golpe, mas reconheceu que, enquanto presidente, discutiu medidas previstas na Constituição, como Estado de Sítio, Estado de Defesa e a aplicação do artigo 142. Ele defendeu que tais hipóteses não configurariam um golpe, pois estariam “dentro das quatro linhas da Constituição”.
Para Bolsonaro, o inquérito é mais uma tentativa de deslegitimar sua figura pública e atender a interesses de um setor político que busca restringir a oposição no Brasil.
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