Na Avenida Paulista, Jair Bolsonaro pediu que "Deus ilumine os corações daqueles poucos que não gostamos"
Quando Jair Bolsonaro convocou seus apoiadores para um ato em sua defesa na avenida Paulista, em São Paulo, era esperado que o ex-presidente subisse o tom, embora ele tenha advertido aos que aceitassem participar do evento “não levassem cartazes contra quem quer que seja”.
Ainda assim, as palavras escolhidas pelo ex-presidente na manifestação deste domingo (25) foram mais comedidas e pontuais. Sem direcionar o discurso a qualquer alvo específico, Bolsonaro preferiu explicar que as acusações da suposta tentativa de golpe de estado seriam plenamente “infundadas”.
“Agora, o golpe é porque tem uma minuta de um estado de defesa. Golpe, usando a Constituição? Estado de sítio começa com o presidente da República convocando os Conselhos da República e da Defesa. Isso foi feito? Não. Apesar de não ser golpe, não foi convocado ninguém dos Conselhos da República e da Defesa para se colocar no papel a proposta do estado de sítio”, explicou Bolsonaro, apontando que qualquer decreto ainda precisaria do aval do Congresso Nacional para ser concretizado.
“E depois disso, ele manda essa proposta (de estado de sítio) ao parlamento. E é o parlamento quem decide se o presidente pode ou não editar um decreto de estado de sítio”, reiterou.
Bolsonaro: "A gente pede a Deus que ilumine aqueles poucos ou raros que nós não gostamos”
Após quase 20 minutos de discurso, Jair Bolsonaro deixou para o final as declarações com verve mais “pacificadoras”, totalmente distintas daquele 7 de setembro de 2021, que marcou o auge da rivalidade com o STF.
“Essa fotografia vai rodar o mundo” - afirmou Bolsonaro, ao citar a multidão de apoiadores na avenida Paulista.
“Nós não podemos concordar que um poder tire do palco político quem quer que seja”. “A não ser por um motivo extremamente justo”, destacou. “A gente pede a Deus que ilumine aqueles poucos ou raros que nós não gostamos”, contemporizar.
“Muito obrigado, homens e mulheres desse Brasil maravilhoso. Não há vencedores ou vencidos. Todos nós seremos vencedores se a paz de Deus reinar sobre o coração de cada um de nós”. “Muito obrigado, Avenida Paulista, muito obrigado São Paulo, muito obrigado Brasil”. “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”, concluiu.
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