Boletim Focus manteve otimismo para o PIB, mas alerta sobre aumento do endividamento
Em mais um Boletim Focus divulgado fora da tradicional segunda-feira, os economistas ouvidos pelo Banco Central insistiram em manter os prognósticos de inflação em baixa para 2024. Apesar da desaceleração da indústria e até do agronegócio, a estimativa para o Produto Interno Bruto continua otimista. O alerta desta semana vai para a piora das estimativas para a dívida pública nacional.
Inflação mais baixa
Segundo o Focus desta semana, a estimativa inflacionária pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) caiu de 3,80% para 3,76% para 2024. Os números permaneceram inalterados para os anos seguintes: 3,51% (2025) e 3,50% (2026).
PIB maior em 2024?
Mesmo com a retração de indicadores econômicos, o Focus voltou a apontar uma ligeira correção de rota para o Produto Interno Bruto de 2024, com expectativa de alta de 1,75% para 1,77%. Para 2025 e 2026, nada mudou. A previsão para ambos é de um PIB de 2%.
Selic sem mudanças
Após 31 semanas consecutivas, o Boletim Focus permanece com números inalterados para a taxa básica de juros: 9% (2024), 8,50% (2025) e 8,50% (2026).
Dólar estável
Nenhuma alteração apresentada no Boletim Focus desta semana para o câmbio. As cotações do dólar frente ao real permaneceram em R$ 4,93 (2024), R$ 5,04 (2025) e R$ 5 (2026).
Resultado primário - Dívida Pública - Balança Comercial
A única alteração apresentada pelo Focus para o resultado primário nacional é de longo prazo. Para 2024, foi mantido o déficit de -0,78% do PIB. O mesmo vale para 2025, com déficit estimado em -0,60%. Por sua vez, o prognóstico para 2026 piorou, passando de -0,40% do PIB para -0,50% do PIB.
Já as estimativas para a dívida pública pioraram em relação ao relatório anterior do Focus. Para 2024, a projeção passou de 63,68% para 63,74% do PIB. Já a de 2025 subiu de 66,40% para 66,50% do PIB. Por sua vez, a de 2026 passou de 68,55% do PIB para 68,65% do PIB.
A projeção do Boletim Focus para a balança comercial brasileira em 2024 não foi alterada, ficando em US$ 80,9 bilhões. O mesmo vale para 2025, com expectativa de US$ 72,05 bilhões. Para 2026, nenhuma alteração: US$ 77,8 bilhões, como na última semana de fevereiro.
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