Black Friday 2024: indicadores econômicos refletem pressão inflacionária no setor de alimentos
- Carlos Dias
- 15 de nov. de 2024
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A conjuntura econômica atual apresenta interessantes sinais de desafios, evidenciados pela inclusão inédita de itens da cesta básica nas promoções da Black Friday deste ano. Produtos de base essencial como proteína animal, café e azeite, tradicionalmente fora desse tipo de campanha, agora figuram ao lado de bens duráveis e vestuário nas listas de ofertas.
A escalada inflacionária e a consequente erosão do poder aquisitivo levaram 27% dos consumidores brasileiros a adotar estratégias de antecipação na pesquisa de preços, buscando otimizar o orçamento doméstico mesmo em itens de primeira necessidade.
Uma análise dos índices de preços ao consumidor revela aumentos expressivos no último período de 12 meses: a carne registrou alta de 8,33%, o café superou 29%, e o azeite apresentou variação positiva de 32%. Estes dados sugerem uma deterioração do poder de compra real da população, potencialmente associada às políticas econômicas vigentes.
A transformação da Black Friday em um mecanismo de acesso a bens essenciais a preços mais competitivos sinaliza possíveis distorções nos fundamentos macroeconômicos. Este cenário demanda uma reavaliação das políticas fiscais e monetárias, visando restabelecer o equilíbrio econômico e fortalecer a capacidade de consumo das famílias brasileiras.
É necessário que se implementem medidas estruturais para recompor o poder aquisitivo da população, garantindo que o acesso a uma alimentação adequada não fique condicionado a eventos promocionais sazonais. A sustentabilidade econômica das famílias deve ser prioridade na agenda de políticas públicas, assegurando estabilidade e crescimento a longo prazo.
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