Custos da energia e quebras na cadeia de fornecimentos ainda causam fortes pressões inflacionárias que estagnam os mercados
Em declaração a parlamentares europeus em Bruxelas, na última segunda-feira (5), Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE), declarou que “os últimos dados disponíveis sugerem que os indicadores de pressões inflacionárias subjacentes permanecem altos e, embora alguns mostrem sinais de moderação, não há evidências claras de que a inflação subjacente tenha atingido o pico”. Ou seja, para Lagarde, o crescimento na região do euro, praticamente estagnou no início de 2023, tendo entre os motivadores principais, o aumento no custo da energia e a quebra na cadeia de fornecimento da economia europeia.
Tanto a confiança das empresas como o consumo continuam fracos nos 20 países membros do bloco, e embora o setor de manufatura conte ainda com uma carteira de pedidos, as perspectivas têm diminuído, disse ela. Os números positivos ainda pertencem ao setor de serviços, que tem mostrado resiliência após a reabertura da economia depois do período pandêmico.
Em números, é possível destacar que na zona do euro a inflação caiu de 7,0% em abril, para 6,1% em maio. Os preços dos alimentos continuam elevados, entretanto, tem reduzido os índices inflacionários, ficando no mês anterior em 6,1%, após o resultado de 13,5% em abril. Sem a contabilização da energia e dos alimentos, a inflação caiu de 5,6% em abril, para 5,3% em maio.
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