Ditador sírio recebe asilo político da Rússia após avanço jihadista em várias regiões do país
O ditador sírio Bashar al-Assad deixou o país após a entrada de forças jihadistas da Hayat Tahrir al-Sham (HTS) e outros grupos insurgentes em Damasco, neste sábado (7). Assad e sua família chegaram a Moscou, onde receberam asilo político, conforme confirmado pelo Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
A ofensiva foi liderada pela HTS, organização comandada por um ex-líder da Al-Qaeda e anteriormente conhecida como Jabhat al-Nusra. O ataque partiu da província de Idlib, controlada pela oposição no norte da Síria, e rapidamente tomou várias cidades estratégicas, incluindo Aleppo, Hama e Homs.
Queda de Assad e desdobramentos políticos
Após negociações com grupos armados, Assad teria renunciado ao cargo e instruído seus representantes a garantir uma "transição pacífica de poder". O primeiro-ministro sírio, Mohammad al-Jalali, se pronunciou em favor da cooperação com uma nova liderança "escolhida pelo povo".
Putin aprova pessoalmente o asilo de Assad
O presidente russo Vladimir Putin autorizou diretamente o asilo a Assad. Mikhail Ulyanov, diplomata russo de alto escalão, afirmou que “a Rússia não trai seus amigos em momentos difíceis, ao contrário dos EUA”.
Apesar de ter recebido asilo, o Kremlin confirmou que Assad não tem reuniões previstas com Putin. Segundo Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, a decisão de conceder refúgio foi motivada por razões humanitárias.
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