Segundo a instituição, uma escalada do conflito Israel x Hamas poderia levar o barril Brent a US$ 150 e influenciar na inflação de alimentos
World Bank
Sem ainda ter perspectivas concretas para a escalada do conflito entre Israel e Hamas, o Banco Mundial veio a público nessa terça-feira (31) lembrar que é dia de Halloween. Em um prognóstico, no mínimo, alarmante, a instituição afirmou que o preço do barril de petróleo poderá chegar a US$ 150, caso haja envolvimentos de países produtores, como Irã e outros membros da Opep+ (Organização dos Países Produtores de Petróleo e aliados).
No momento do anúncio, o preço do Brent era cotado a US$ 87, sem variação em relação ao valor do fechamento de segunda-feira (30).
Os detalhes sobre o pior cenário imaginado para o Oriente Médio estão no Commodity Market Outlook, onde os economistas da entidade apontam que, até o momento, o impacto do combate ao terror tem afetado de forma “limitada” as matérias primas. Entretanto, segundo o Banco Mundial, envolvimento de outras nações com reservas de petróleo poderiam reverter completamente o cenário. Além do encarecimento do Brent, a organização destaca que os preços dos alimentos seriam os principais afetados por uma "inflação globalizada".
Como efeito comparativo, o relatório destaca que o mundo poderia reviver o baque no setor ocorrido em 1973, quando as nações árabes boicotaram vendas para Israel e seus aliados.
Petróleo na Guerra do Yom Kippur
Em outubro de 1973, o preço do barril de petróleo atingiu sua maior cotação histórica no mercado internacional, com alta de 70%. O corte na produção teve como alvo os Estados Unidos - maior aliado de Israel na chamada Guerra do Yom Kippur, quando Egito e Síria arquitetaram um ataque surpresa aos israelenses.
Após a investida, o presidente norte-americano, Richard Nixon, organizou a Nickel Grass - uma operação emergencial para socorrer Israel, que padecia com a falta da commodity.
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