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Bancada do agro cobra "atitude" do governo contra quebra de safra

Presidente da FPA, Pedro Lupion, pede recursos do governo para evitar piores consequências para o agro


Conab


Graças ao poder do agronegócio, o Produto Interno Bruto (PIB) nacional não cedeu aos desmandos do governo federal. Com alta de 15,8% sobre 2022, o setor salvou literalmente a lavoura econômica no ano passado, levando o país a um crescimento de 3% do PIB. A situação atual, entretanto, não é das mais animadoras. 


Influenciada por custos de produção e fatores climáticos, a colheita de soja deverá ser uma das mais afetadas na safra 2023/24. O mais recente prognóstico da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) oscila entre 149-150 milhões de toneladas. Já a Aprosoja (Associação Brasileira dos Produtores de Soja) indica uma produção ainda menor, batendo em 135 milhões de toneladas dos grãos.


Essa iminente queda na produção acendeu o alerta na bancada do agro. O presidente da Frente Parlamentar de Agropecuária, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), afirmou que o governo Lula precisa apresentar soluções para evitar o pior.


“Tenho conversado isso com Ministério da Agricultura. O primeiro ponto é o governo assumir e indicar que estamos em uma crise e que vamos precisar de um montante razoável e importante de recursos para compensar essa crise, seja no Plano Safra, seja no seguro”, apontou Lupion.


“Precisamos sentar com o governo e achar solução para o setor, deixar de lado quem é culpado pela crise”, reiterou.


Incerteza sobre dívidas e financiamentos ao produtor rural


Embora os sinais apontem para forte quebra na safra, Lupion destaca que os números ainda não são precisos. Isso causa incerteza no quesito da renegociação de dívidas e também nos financiamentos para os produtores.


“Precisamos ainda calcular as previsões. Há um gap enorme entre os números da Aprosoja, por exemplo, e os da Conab”, comentou Lupion, informando que a associação dos produtores de soja indica uma safra de 135 milhões de toneladas, contra 149 milhões da Conab.


“O produtor plantou soja a R$ 140 por saca e agora está vendendo a R$ 90 por saca. Haverá um impacto de 20 milhões de toneladas a menos na safra com quebra de safra. Precisamos ter uma análise mais clara da safra, pois alguns Estados estão com alto índice de produtividade e outros com quebra”, concluiu.

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