Aço da China causa turbulência na indústria siderúrgica nacional
- Núcleo de Notícias
- 21 de dez. de 2023
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Após avanço da China, Usiminas decidiu reduzir sua produção em dezembro

Siderurgia Brasil
No último dia 15, a Usiminas emitiu um alerta sobre a redução de suas atividades em 2023. Por meio das redes sociais da entidade, a companhia siderúrgica mineira confirmou a paralisação de um de seus fornos, com capacidade de fundir 600 mil toneladas anuais de ferro gusa - material crucial na produção de diversas ligas de metal, incluindo o aço.
“(a medida) é um protesto à crescente entrada de aço subsidiado estrangeiro ao longo de 2023 - principalmente da China - que entra no mercado brasileiro com preços artificialmente baixos - até mesmo, abaixo do custo da produção”, escreveu a Usiminas.
O manifesto da Usiminas contra a prioridade do governo Lula ao aço chinês foi apenas mais um entre os inúmeros relatos de descontentamento do segmento em 2023. Há cerca de dois meses, o principal canal informativo do setor já alertava para a derrocada da indústria nacional, em meio ao avanço da commodity importada da China.
“Em setembro, entraram 549 mil toneladas de aço Chinês no mercado brasileiro contra 235 mil toneladas no mesmo período do ano passado, atingindo uma alta de inimagináveis 133,8%”, apontou o Siderurgia Brasil, com dados fornecidos pelo Instituto Aço Brasil.
China foi responsável por 58% das vendas de aço ao Brasil em 2023
De acordo com a entidade, a “invasão chinesa” foi um fator primordial para a ampliação da crise do setor no Brasil. De acordo com o mesmo instituto, a produção de aço bruto caiu 7,1% no acumulado de janeiro a novembro de 2023, em comparação ao igual período de 2022, totalizando 29,35 milhões de toneladas.
Por sua vez, as importações atingiram 4,5 milhões de toneladas, levando ao crescimento de 49,9% sobre 2022, O destaque entre os países que mais venderam ao Brasil nesse período foi a China, que respondeu por 58% das importações.
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