CEO da companhia aérea afirma que foco é em negociações amigáveis e aproveitamento de recursos do Fnac
O presidente-executivo da Azul, John Rodgerson, declarou nesta quinta-feira que a empresa não planeja entrar com um pedido de recuperação judicial, apesar dos desafios financeiros enfrentados devido à desvalorização do real e aos altos custos de arrendamento de aeronaves. Em entrevista à Reuters, Rodgerson ressaltou que a Azul é uma empresa "super saudável" e que está em diálogo constante com seus parceiros para superar as dificuldades.
As especulações sobre um possível pedido de recuperação judicial surgiram após uma reportagem da Bloomberg, que foi prontamente negada pelo executivo. Apesar da negação, as ações da Azul sofreram uma queda expressiva de mais de 24%, fechando a sessão a 5,50 reais.
Rodgerson destacou que a empresa está trabalhando em uma "discussão amigável" com todos os envolvidos e que a recuperação judicial não faz parte dos planos da Azul ou de seus parceiros. Ele também mencionou que a Azul está atenta às oportunidades de financiamento, como o recém-aprovado Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac), que pode oferecer condições de crédito mais favoráveis para a companhia.
Com a liquidez total da Azul em 6,4 bilhões de reais no final de junho, a empresa enfrenta o desafio de administrar uma dívida crescente, agravada pela desvalorização cambial. Apesar disso, Rodgerson permanece otimista sobre a capacidade da Azul de superar esses obstáculos, aproveitando, inclusive, os recursos do Fnac para melhorar sua estrutura de capital.
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