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Irresponsabilidade fiscal em ano eleitoral deve fazer dívida pública disparar

Economistas alertam que dívida mais alta pode romper meta da inflação e apressar fim do ciclo de corte de juros


Lula conversa com Haddad sobre mais gastos

Analistas do mercado financeiro estimam que o aumento de gastos do governo federal no período eleitoral deve pressionar o Banco Central a reduzir - ou até mesmo encerrar - o ciclo de cortes da taxa Selic, além de extrapolar a meta inflacionária de 3%.


Os cálculos são feitos a partir da situação atual da conjuntura macroeconômica. Em outubro de 2023, a dívida bruta do país já havia chegado a 74,7% do PIB (Produto Interno Bruto) - ou R$ 7,9 trilhões - o valor mais alto em 12 meses, de acordo com os registros do Banco Central.


Já o no quesito resultado primário, o Brasil passou a amargar déficit de 1,08% do PIB no governo Lula, após ter atingido superávit de 1,78% do PIB em 2022, no último ano da gestão de Jair Bolsonaro (PL). Por sua vez, os gastos do governo federal subiram 0,5% entre o segundo e o terceiro trimestre de 2023, enquanto O PIB cresceu apenas 0,1% no mesmo período.


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a reclamar da pressão para o corte de gastos públicos, mesmo após o ministro Fernando Haddad (Fazenda) ter desistido do superávit em 2025, se contentando com déficit zero (ainda bem distante da realidade nacional). Em conversa com jornalistas nesta semana, ele disse que "apenas superávit não é gasto".


“O problema é que tudo no Brasil é tratado como gasto. Emprestar dinheiro para pobre é gasto, colocar dinheiro na saúde é gasto, colocar dinheiro na educação é gasto. A única coisa que não é gasto é superávit primário. A única coisa que se trata como investimento é isso. O que é gasto? Eu sempre brigo com isso, porque nós discutimos coisas no Brasil que às vezes são secundárias”.

Lula segue ignorando conselhos de economistas


Para Carlos Dias, estrategista-chefe do Rumo Econômico, o governo Lula dificilmente cumprirá as metas, por violar princípios básicos da economia.


“Como já foi visto em relação à desistência da meta fiscal para 2025, o governo dificilmente cumprirá sua promessa de controle de gastos. Para retomar o controle, seria necessário estabelecer um limitador do endividamento público em relação ao PIB", apontou.

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