Intenção de Alexandre de Moraes era multar e punir quem "divulgasse fake news" nas eleições - mas somente aliados de Jair Bolsonaro
Além do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), mensagens obtidas pela Folha de S. Paulo revelaram que o ministro Alexandre de Moraes (STF) escolheu uma lista de aliados do então presidente Jair Bolsonaro (PL) para serem monitorados, a fim de “aplicar multas” em caso de necessidade durante e após as eleições de 2022.
Entre os parlamentares citados na conversa entre os assessores de Moraes, o juiz Airton Vieira e o perito criminal Eduardo Tagliaferro, estão os deputados federais Bia Kicis (PL-DF), Carla Zambelli (PL-SP), Marco Feliciano (PL-SP), Junio Amaral (PL-MG), Filipe Barros (PL-PR) e Otoni de Paula (MDB). Os ex-deputados Major Vitor Hugo (PL-GO) e Daniel Silveira também foram monitorados.
Para investigar de forma extraoficial os políticos, Moraes teria citado a “disseminação de fake news” - prática que não é considerada crime no Brasil, segundo o Senado Federal.
Confira a mensagem de WhatsApp enviada pelo 01 de Moraes no STF, Airton Vieira em 6/10/2022, durante a campanha eleitoral.
“Boa noite, Eduardo! Tudo bem?! O Ministro pediu para verificar, o mais rápido possível, as redes sociais dos Deputados bolsonaristas (os nomes envio abaixo), ver se estão ofendendo Ministros do STF, TSE, divulgando ‘fake news’, etc., para fins de multa. Ele tem bastante pressa…Obrigado.”
Em 9 de outubro, após preparar o relatório, Eduardo Tagliaferro inclui os nomes dos parlamentares, cada um deles com uma ficha detalhando as respectivas campanhas nas redes sociais.
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