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Arábia Saudita tenta gol de placa com investimentos bilionários no futebol

Plano “Visão 2023” pretende reduzir dependência do petróleo

Quando o assunto é investir pesado no futebol, a Arábia Saudita não pode ser considerada uma novata no ramo. Afinal, o Al-Hilal (atual clube de Neymar) há tempos tem montado equipes recheadas de bons jogadores estrangeiros, com um eficiente planejamento que culminou com a inédita classificação para a final do Campeonato Mundial de Clubes 2023 da Fifa.

Em um passado mais distante, o mesmo Al-Hilal foi o responsável por “importar” o tricampeão Roberto Rivellino do Fluminense em 1979.


O grande diferencial para os sauditas na recente janela de transferências (período regulamentado para compra e venda de jogadores no país) foi a implementação do programa Visão 2023, impulsionado pelo príncipe herdeiro do trono saudita, Mohamed bin Salman.


Ao todo, mais de R$ 1 bilhão já foram destinados à Liga de Futebol Saudita, responsável por atrair craques que já foram Bola de Ouro (melhor jogador do mundo) pela FIFA como Karim Benzema (França) e Cristiano Ronaldo (Portugal).


A intenção por trás da forte mão estatal no campeonato nacional não se resume ao esporte. O reinado, que conta com a segunda maior produção de petróleo do planeta, pretende ampliar a geração de empregos e diversificar a economia, hoje basicamente centralizada na exportação petrolífera.


Com isso, o montante do Fundo de Investimento Público destinado ao futebol cresceu de forma significativa neste ano, impulsionado pela excelente repercussão da vinda ao país de Cristiano Ronaldo, que deixou o Manchester United, da Inglaterra, por um contrato de aproximadamente R$ 2.5 bilhões por ano com o clube Al-Nassr.


O “efeito CR7” foi o grande diferencial para atrair mais estrelas de campeonatos europeus e de suas respectivas seleções. Descontente no Partis St. Germain, Neymar. seguiu os passos do craque português e optou por sair da liga francesa por um contrato que só perde exatamente para o acordo de Cristiano Ronaldo. Ao todo, o Al-Hilal irá desembolsar quase R$ 870 milhões por ano para ter o camisa 10 brasileiro.


Além dos fatores econômicos imediatos, a empreitada saudita espera ir além dos investimentos bilionários feitos no passado pelos clubes da China, outro país com forte economia estatal, Embora tenha atraído milhares de estrangeiros - incluindo jogadores no patamar de seleção - os chineses não conseguiram convencer a Fifa a sediar uma Copa do Mundo. Já os sauditas esperam concretizar o plano até 2034.

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