Arrecadação quebra todos os recordes, mas Haddad diz não ser o bastante

Arrecadação de impostos federais chegou a R$ 209 bi em junho - o maior valor desde o início dos cálculos em 2000

Haddad quer mais imposto para "fechar a conta"

Atenção para os dados mais recentes sobre a arrecadação de impostos do governo Lula. Segundo apuração da Receita Federal, o ministro Fernando Haddad (Fazenda) conseguiu gerar mais de R$ 209 bilhões para os cofres públicos em junho - resultado que representa alta de 11,02% em comparação ao mesmo período de 2023, além do melhor desempenho para o mês da série histórica em 2000.

A Receita Federal ainda informa que os brasileiros já pagaram R$ 1,29 trilhão em tributos para gestão petista em 2024 - alta de 9,08% em relação ao total acumulado no primeiro semestre de 2023. Os dados representam o maior volume de impostos pagos em 24 anos.

Apesar da tributação recorde, Fernando Haddad anda bastante descontente com os resultados. Segundo o petista, todo esse dinheiro será insuficiente se o governo não conseguir recuperar as receitas consumidas pelo Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) e da desoneração da folha de pagamento dos 17 setores da economia.

Esta última fonte de recursos, vale destacar, não está na previsão orçamentária desde 2012, tendo sido instituída no governo Dilma Rousseff (PT) em 2011. Pelos cálculos do governo, será preciso encontrar uma saída (leia, mais impostos) para cobrir cerca de R$ 40 bilhões referentes à renúncia fiscal causada pelas duas medidas.

“Se as regras de vinculação do Orçamento não forem alteradas, as despesas obrigatórias irão comprimir os gastos discricionários”, declarou o ministro.

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