Argentina e Estados Unidos dão início a conversas para pacto de comércio recíproco
- Núcleo de Notícias
- 15 de abr.
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Milei exalta aliança com Washington e reforça oposição ao socialismo na América Latina

O presidente da Argentina, Javier Milei, e o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, oficializaram na segunda-feira (14), em Buenos Aires, o início de um diálogo formal entre os dois países com o objetivo de estabelecer um acordo de comércio recíproco. A iniciativa representa um passo significativo na consolidação da aliança estratégica entre Washington e o governo argentino, alinhado ideologicamente ao presidente Donald Trump.
“Fiquei entusiasmado ao iniciar as primeiras conversas formais sobre comércio recíproco entre nossos dois países”, afirmou Bessent em declaração conjunta com Milei na Casa Rosada. O secretário americano destacou que a visita também teve o propósito de “transmitir o otimismo dos Estados Unidos em relação à nova Argentina”.
Milei, por sua vez, reiterou seu alinhamento com a visão econômica e política da atual administração americana, reforçando o interesse argentino em firmar um acordo nos moldes das tarifas recíprocas propostas por Donald Trump. “Estamos prontos para assinar um acordo comercial que, sem dúvida, beneficiará tanto os Estados Unidos quanto a Argentina”, declarou o presidente.
Além das negociações comerciais, Bessent expressou o apoio dos EUA ao recente acordo firmado entre a Argentina e o Fundo Monetário Internacional (FMI), no valor de US$ 20 bilhões, o que deve fortalecer as reservas do Banco Central argentino e estimular investimentos estrangeiros diretos no país. O secretário destacou os avanços da gestão Milei na redução da inflação e na recuperação econômica, ressaltando que “essa mudança só será duradoura se os amigos da Argentina a apoiarem”.
A aliança foi além do campo econômico. Milei reiterou seu compromisso com os Estados Unidos como parceiro estratégico na América Latina, enfatizando a necessidade de conter o avanço do socialismo na região. “A América Latina está devastada pelo vírus do socialismo. A Venezuela virou uma enorme favela, uma prisão a céu aberto, e a Bolívia está em franco declínio”, afirmou.
Para o presidente argentino, a cooperação com os EUA deve ser a base de um novo modelo regional. “As raízes dessa relação devem ser fortes o suficiente para se espalharem por toda a América Latina”, concluiu.
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