Índice Nikkei fechou acima dos 10%, recuperando parcialmente as perdas da Bolsa de Valores do Japão
Quando o pregão de segunda-feira (5) terminou de forma catastrófica na Bolsa de Valores do Japão, os investidores do ocidente já sabiam que o efeito-cascata seria inevitável. Sob o temor de recessão nos Estados Unidos, o índice Nikkei despencou 12,4% - o pior resultado desde 1987 - resultado que atingiu por tabela os negócios em Wall Street de forma arrasadora.
Para se ter uma dimensão do baque, somente a Amazon perdeu em 24 horas cerca de US$ 134 bilhões com a sangria das bolsas - o pior resultado desde 4 de abril de 2019, quando Jeff Bezos anunciou seu acordo de divórcio, e três anos mais tarde, quando as ações da companhia despencaram 14%.
No day after do crash, os principais mercados financeiros da Ásia comemoraram a volta da normalidade. A Tokyo Stock Exchange - marco zero da derrocada acionária - conseguiu recuperar parcialmente as perdas, com o índice Nikkei 225 fechando com alta de 10,23% e o Topix subindo 9,30%.
Por sua vez, as principais bolsas europeias também demonstraram bom humor. Até às 8h da manhã desta terça-feira (6) os pregões operavam da seguinte forma: Frankfurt: + 0,77%, Londres + 0,47%, Amsterdã + 0,76% e Paris + 0,10%.
FED ameniza cenário
O parcial resgate da confiança, aparentemente, veio após o Federal Reserve (Banco Central dos EUA) colocar panos quentes nas suspeitas de recessão.
“Esses dados (sobre menos contratações em julho), para mim, não parecem indicar superaquecimento. Os números sobre o emprego estão mais fracos do que o esperado, mas ainda não parecem ser de recessão”, declarou o presidente do Federal Reserve de Chicago, Austan Goolsbee.
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