Mina de sal-gema da Braskem já causou afundamento de quase 2 metros do solo em Maceió
População de Maceió protesta contra a Braskem - arquivo pessoal
Após a péssima repercussão nacional e internacional, a petroquímica Braskem decidiu cancelar sua participação no estande brasileiro da COP-28 - a conferência organizada pela ONU para discutir soluções para as mudanças climáticas.
Por meio de nota oficial, a companhia - cujo ex-presidente confessou ter desviado US$ 250 milhões para subornar políticos - justificou os problemas sísmicos causados pelo afundamento de minas da companhia em Maceió para desistir de dois painéis na COP-28, agendados para 8 e 11 de dezembro.
“Nos últimos dias, diante do agravamento da crise de Maceió, a Braskem achou melhor cancelar sua participação para evitar que o assunto sobrepujasse quaisquer outras discussões técnicas, dificultando eventuais contribuições que a empresa pudesse oferecer”, escreveu a Braskem.
Presidente interino do Senado alertou sobre “descaso” da Braskem
Antes do cancelamento da participação da Braskem na COP-28, o presidente em exercício do Congresso Nacional, senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL), acusou a mineradora de abandonar Alagoas, para falar sobre “segurança ambiental” em Dubai.
“A empresa causou um enorme prejuízo na cidade, que precisa ser reparado. E ela ainda não parou e precisamos saber onde ela vai chegar”, lamentou o senador.
De acordo com a Defesa Civil de Alagoas, o solo que sustenta a mina de sal-gema da Braskem, em Mutange, zona leste da capital Maceió, já afundou 1,80 m desde 28 de novembro. Somente nas últimas 24 horas, o terreno cedeu mais de 7 cm.
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