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Após ganhar "presente" do governo, PF indicia Bolsonaro no caso das joias

Governo Lula liberou R$ 102 milhões de orçamento bloqueado em abril três dias antes do indiciamento


Lula, a "vice" Janja e o diretor da PF Andrei Rodrigues

Em abril deste ano, a gastança do governo forçou a equipe econômica a passar a tesoura no orçamento. Um dos grandes afetados pelo bloqueio de recursos foi a Polícia Federal. A chiadeira do setor foi imediata.


O presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, Luciano Leiro, lamentou a medida, justificando que a corporação era “cada vez mais exigida”, entre outras missões, mas principalmente na “defesa ao estado democrático de direito”.


A mão salvadora de Lula apareceu no início desta semana. Três dias antes de a PF indiciar o ex-presidente Jair Bolsonaro por lavagem de dinheiro no caso das joias presenteadas pela Arábia Saudita, a organização dirigida por Andrei Rodrigues recebeu um verdadeiro "presente" via Ministério do Planejamento: o descontingenciamento de cerca de R$ 102 milhões.


Os recursos - que integravam um total de R$ 500 milhões, abatidos do guarda-chuva do Ministério da Justiça - foram liberados, por mera coincidência, em tempo de concretizar o que nunca foi segredo ser um desejo do governo: acelerar o processo contra Bolsonaro, que também acabou indiciado na narrativa de “falsificação da carteirinha de vacinação contra covid-19”.


"A verdade nua e crua é que esse cidadão tentou dar um golpe neste país. Quando ele ficou trancado dentro de casa, a gente não sabe se ele estava chorando ou o que ele estava fazendo, ele estava tentando dar um golpe”, acusou Lula em entrevista concedida em março à Rede TV.


“Teve um ato no domingo passado. Aquele ato era um cidadão que sabe que fez caca, que fez burrice, que tentou dar um golpe, que sabe que vai para a Justiça, que pode ser julgado. E se ele for julgado, sabe que pode ser preso”, atacou.


Advogado de Bolsonaro também foi indiciado


O advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro, Fabio Wajngarten, recebeu com espanto a notícia de que ele também havia entrado na lista de indiciados pela PF no caso das joias sauditas.


“O meu indiciamento pela Polícia Federal se baseia na seguinte afronta legal: advogado, fui indiciado porque no exercício de minhas prerrogativas, defendi um cliente, sendo que em toda a investigação não há qualquer prova contra mim”, lamentou Wajngarten.


“Minha orientação advocatícia foi a de que os presentes recebidos pelo ex-presidente da República fossem imediatamente retornados à posse do Tribunal de Contas da União, em defesa de qualquer dúvida sobre questionamentos em relação ao interesse público. E conselho jurídico não é crime. Minha sugestão foi acolhida e os presentes entregues imediatamente e integralmente recolhidos ao TCU”, explicou.

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