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Após Lula admitir "falcatrua", governo já cogita desistir de 2º leilão de arroz

Enquanto isso, oposição mantém operação sigilosa para instalar a CPI do Arroz na Câmara


Zucco avança com CPI do Arroz enquanto governo recua

Com o avanço da CPI do Arroz - que até o momento já conseguiu cerca de 160 assinaturas, segundo o deputado Luciano Zucco (PL-RS) - o governo Lula tenta agora uma articulação de emergência para evitar que a comissão parlamentar seja instalada na Câmara.


Uma das tentativas da base aliada tem sido anunciar demissões de envolvidos no trâmite, além de cogitar a desistência de um novo edital para o leilão de importação, que prevê a compra de 1 milhão de toneladas de arroz.


Ao ser questionado sobre a possibilidade de não realizar novos arremates do cereal, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, admitiu que o governo pode desistir da operação.


“Se tiver outro mecanismo que faça com que o abastecimento se regularize a preços normais, sem especulação, o governo está sempre aberto ao diálogo”, declarou Fávaro ao site UOL.


Lula: "tivemos a anulação do leilão porque houve uma falcatrua numa empresa"


"Arrozbras": a tentativa de controlar preços com importação

A afirmação de Fávaro aconteceu logo após o “sincericídio” de Lula sobre a polêmica ocorrida no primeiro leilão em 7 de junho, que culminou com a demissão do secretário de políticas agrícolas do Ministério da Agricultura, Neri Geller. A saída de Geller ocorreu após o vazamento de que seu ex-assessor e sócio, Robson França, atuou como corretor na operação.


“Tomei a decisão de importar 1 milhão de toneladas. Depois tivemos a anulação do leilão porque houve uma falcatrua numa empresa. O arroz tem que chegar na mesa do povo no mínimo a R$ 20 o pacote de 5 quilos. Não dá pra ser um preço exorbitante”, admitiu o ocupante do Palácio do Planalto.


Logo em seguida, o “ministro do MST”, Paulo Teixeira, apareceu com outra novidade: o anúncio de que o diretor de Operações e Abastecimento Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Thiago José dos Santos, seria exonerado. Embora a informação tenha sido divulgada pelos Ministérios do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, até o momento nada a respeito foi publicado no Diário Oficial da União.

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