Antonio Guterres disse que ataque do Hamas foi uma reação ao "sufoco" contra o povo palestino. Dirigente nega.
Eli Cohen mostra imagens dos sequestrados pelo Hamas - Agência Brasil/EBC
Durante uma das administrações mais eficientes - e ao mesmo tempo, mais combatidas - o presidente Donald Trump ameaçou se retirar da Comissão de Direitos Humanos da ONU, arrancando pesadas críticas da grande mídia dos Estados Unidos.
A subida de tom do então chefe do executivo norte-americano em 2017 tem muito em comum com a reação do chanceler Eli Cohen na sessão do Conselho de Segurança de terça-feira (24): as ações sempre agressivas das Nações Unidas contra o Estado de Israel.
O lamentável evento desta semana, entretanto, não tem precedentes. Isso porque o afronte foi promovido por seu Secretário-Geral, o socialista Antonio Guterres.
“É importante reconhecer que os atos do Hamas não aconteceram por acaso”, anunciou Guterres, determinado. “O povo palestino foi submetido a 56 anos de uma ocupação sufocante. Eles viram suas terras serem brutalmente tomadas e varridas pela violência”, reportou.
As palavras do diplomata português soaram mais explosivas que os foguetes disparados por Hamas e Hezbollah contra territórios de Israel.
Imediatamente após o pronunciamento no Conselho de Segurança da ONU, o embaixador Gilad Erdan clamou pela renúncia de Guterres do posto.
“Enquanto foguetes são disparados contra todo Israel, ele comprovou que ele está completamente desligado da realidade na nossa região e que ele vê o massacre cometido pelos terroristas nazistas do Hamas de uma forma imoral”, afirmou.
Antonio Guterres na berlinda
Agência Brasil/EBC
No dia seguinte ao choque entre a diplomacia israelense e o alto comando da ONU, Antonio Guterres tentou colocar panos quentes nos efeitos explosivos de sua declaração com tons anti-semitas. Em sua defesa, o português disse que sua intenção foi mostrar “justamente o contrário” do interpretado pela maioria do mundo.
"Estou chocado com as interpretações erradas de algumas das minhas declarações de ontem no Conselho de Segurança”, declarou o secretário-geral.
“(Disseram) como se eu estivesse justificando os atos de terror do Hamas. Isso é falso! Foi completamente o oposto”, lamentou.
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