Petrobras registrou queda de 33,8% no lucro líquido em comparação a 2022
Divulgação
O primeiro ano do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficará marcado por prejuízos da estatal mais importante do Brasil. Em balanço divulgado nesta sexta-feira (8), a Petrobras informou que seu lucro líquido em 2023 ficou em R$ 124,6 bilhões - 33,8% inferior ao contabilizado em 2022.
Imediatamente após a divulgação do resultado, as ações da petrolífera chegaram a despencar mais de 10%, com perda de valor de mercado de 72,7 bilhões, acompanhando a derrocada.
Os bancos e analistas de mercado receberam o anúncio sem muitas atribulações. A falta de surpresa se deve à recente fala do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, que cogitou um pagamento menor de dividendos em razão da “transição energética” pela qual a companhia já começou a percorrer.
A direção da Petrobras apresentou algumas justificativas para o desempenho bastante inferior em relação a 2022, quando obteve lucro de R$ 188,3 bilhões no último ano da gestão de Jair Bolsonaro (PL).
Segundo a estatal, os desafios que influenciaram no balanço de 2023 foi a queda acumulada de 18% no preço do barril do tipo Brent. Para combater as perdas, a Petrobras disse ter aumentado investimentos e quebrado recordes de produção.
"Apesar desses desafios, vale ressaltar que tais impactos negativos foram parcialmente mitigados pelo aumento do volume de petróleo comercializado ao longo do período, com destaque para o crescimento nas exportações", apontou o relatório atualizado.
Petrobras anunciou corte de preços nos combustíveis sem detalhar motivo
Em maio de 2023, a Petrobras decidiu extinguir o sistema de paridade internacional de preços, adotado em 2017, durante a gestão de Michel Temer, para recuperar os prejuízos gerados pelo esquema de corrupção conhecido como Petrolão.
Quase imediatamente, a companhia decretou redução nos preços dos combustíveis, com o diesel passando a valer R$ 3,02 o litro. Já a gasolina comum deixou de custar R$ 3,18 passando para R$ 2,78.
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