Mercado de trabalho, alta de juros e títulos da dívida deram fôlego à moeda norte-americana
Os ataques ao dólar feitos por Brasil e China nos últimos meses parecem não ter sido suficientes para derrubar o poder da moeda norte-americana. Analistas, inclusive, chegaram a cogitar uma desvalorização ainda maior da moeda, observando o potencial do novo Brics.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), inclusive, lançou especulações sobre abandonar de forma definitiva o dólar nas transações comerciais - de forma clara, atuando como uma espécie de “papagaio de Xi Jinping” que deseja ampliar o escopo do yuan.
O Brics - antes formado somente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - terá a partir de 2024 mais 6 países, incluindo dois poderosos atores no setor petrolífero: a Àrabia Saudita e os Emirados Árabes.
A união da China com as potências do ouro negro, entretanto, não surtiram o efeito desejado. A retração da economia do país foi um contraste com os resultados apresentados pelos Estados Unidos.
Com a manutenção da alta da taxa básica de juros promovida pelo FED (Federal Reserve), o dólar norte-americano tem ganhado fôlego, e já acumula valorização na cesta de moedas de 5% - o mais significativo em 6 meses. O desempenho se aproximou do resultado obtido entre dezembro de 2014 e março de 2015.
Além dos juros atraírem mais investimentos a uma economia mais sólida, como a dos Estados Unidos, os bons ventos do mercado de trabalho também surpreenderam, mantendo em alta as contratações por 32 meses consecutivos, apesar de resultados aquém das expectativas para o forte varejo norte-americano.
Não menos importantes, os títulos da dívida pública dos Estados Unidos (considerados os de menor risco do mercado) foram na contramão dos mercados globais, fechando com alta de 4,09% na taxa de dez anos.
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