Governo brasileiro segue agenda 2030 da ONU, apesar da falta de infraestrutura e custos altos do carro elétrico
Um estudo divulgado pela Brasscom (Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais) nesta segunda-feira (13) apontou que o Brasil precisaria de mais de 530 mil funcionários extras para concluir o processo de “descarbonização”.
A intenção do governo, acompanhando a agenda 2030 da ONU, seria executar projetos de transição energética em todos os setores, incluindo energia alternativa para abastecimento e a troca de motores de combustão por elétricos. Há inclusive, um forte lobby no congresso para tirar veículos de combustão do marcado, justificando a "pauta verde".
A pesquisa, contudo, ignora gargalos que o Brasil possui há décadas, incluindo apagões e déficit de linhas de transmissão convencionais, além de problemas de logística e gestão.
Em fevereiro deste ano, por exemplo, os municípios de Roraima ficaram sem energia elétrica após o desligamento das usinas de geração. Segundo o governo estadual, o apagão também afetou o sinal de telefonia móvel e de cobertura de internet.
A Roraima Energia, responsável pelo sistema, explicou à época que a interrupção ocorreu “devido ao sistema de distribuição”.
Valor do carro elétrico voltou a subir em 2024
Quanto à energia aplicada à mobilidade urbana, os valores de veículos à energia limpa ainda são altos. Após seguirem trajetória de queda (10% em 3 anos), os modelos elétricos voltaram a subir 22% em 2022, enquanto os mórbidos à gasolina/etanol foram reajustados em 14% (tabela norte-americana). Os dados foram apurados pela AlixPartners.
Em abril deste ano, o preço médio de um veículo movido à eletricidade custava R$ 466,7 mil conforme o 5.º Relatório AutoAcrefi, realizado pela Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento.
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