Argentina também ofereceu equipamentos, suprimentos e pessoal em ajuda ao governo brasileiro
Em uma semana marcada por dor e tragédia no Rio Grande do Sul, o governador do estado, Eduardo Leite (PSDB), fez um apelo ao presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, para ampliar o potencial de resgate das vítimas da região.
A resposta das autoridades do país fronteiriço foi positiva e quase imediata. Contudo, o governo federal decidiu recusar a chegada de drones, lanchas e um avião de transporte. O Ministério da Defesa justificou a resposta negativa, apontando problemas de infraestrutura e “autossuficiência”.
“O Brasil possui a aeronave KC 390 que atende a necessidade dos transportes, pois pousa em pista menor e transporta maior carga. O trabalho de resgate e apoio humanitário vem sendo feito com 243 embarcações e drones das Forças Armadas”, escreveu o ministério comandado por José Múcio.
Após ser informado que a ajuda uruguaia não viria, o governo gaúcho se pronunciou, mas sem criticar a decisão do governo Lula.
“Recebemos a informação extraoficial de que o comando no Rio Grande do Sul achou que não era necessária”, explicou o secretário-executivo do governo do Rio Grande do Sul. José Henrique Medeiros Pires. “Ressalvo que podem existir razões que desconheço. De qualquer maneira, lamento”, completou o secretário.
A colaboração entre o Rio Grande do Sul e o governo do Uruguai já ocorreu em situações semelhantes. Após a inundação de uma penitenciária estadual, o governador Eduardo Leite contou com o apoio de lanchas cedidas pelo país vizinho para o transporte de prisioneiros.
Argentina também oferece ajuda
O governo do presidente Javier Milei ofereceu nesta semana um “pacote” de ajuda para resgatar as vítimas das inundações no Rio Grande do Sul. A oferta consiste no envio de policiais, especialistas em logística, ajuda humanitária, mergulhadores, purificadores de água e profissionais da saúde. O governo Lula ainda não respondeu se aceitará a ajuda argentina.
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