Para os analistas o otimismo momentâneo deve ser encarado com cautela
O mercado de ações dos EUA estão neste momento subindo cerca de 7,4% no acumulado do ano (YTD), mesmo em meio a um quadro de aumentos de taxas e uma crise bancária ainda muito recente, como também, mediante a um choque do petróleo e um ISM em queda. Porém, para os analistas do JP Morgan o otimismo do mercado (nesta segunda-feira o S&P 500 ganhou para imprimir novas máximas de algumas semanas com o índice de referência do mercado de ações americano), deve ser encarado com cautela.
Em nota o JPM declarou aos seus clientes que todos esses fatores “não são bons para o risco”, e complementou dizendo que “Para um investidor racional, achamos que isso faz pouco sentido e que a maioria das entradas nas últimas 2 semanas foram impulsionadas por investidores sistemáticos, short squeeze e um declínio no VIX. Qualquer queda nos rendimentos não é um sinal de que o Fed está prestes a socorrer ações de tecnologia, em nossa opinião, mas sim um sinal de que a probabilidade de recessão aumentou”.
Os analistas acreditam que os EUA entrarão em recessão nos próximos 12 meses, o que acabará com a empolgação do mercado e trará os números para as mínimas do ano anterior (2022).
Ao concluir suas orientações aos investidores, declararam: “Mantemos uma postura otimista nos mercados internacionais em relação aos EUA, enquanto a China pode ter uma segunda perna de desempenho, pelo menos em termos relativos. Acreditamos que os investidores devem adicionar proxies de títulos e seguir o estilo UW Value. Os produtos básicos devem negociar melhor no 2S, e os investidores devem adicioná-los reduzindo Autos & Mining”.
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