Brasileiros solicitaram 4,3 milhões do benefício, superando 2020 no auge da covid-19
Na esteira do rombo nas contas públicas, a situação corrente do mercado de trabalho sinaliza que o país se aproxima de uma recessão. Quem aponta para este caminho é o crescimento dos pedidos de seguro-desemprego nos sete primeiros meses de 2023. De acordo com informações apuradas pelo Ministério do Trabalho, 4,3 milhões de brasileiros solicitaram o benefício entre janeiro e julho - alta de 7,5% sobre o mesmo intervalo de 2022 durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL).
Apesar do resultado, o IBGE apontou queda no percentual de demissões. Segundo levantamento do instituto, o Brasil encerrou o terceiro trimestre com 7,9% de desempregados - queda de 0,6% sobre o trimestre anterior.
A maior preocupação levantada pelo resultado divulgado nesta quinta-feira é a superação dos valores apurados em 2020 - auge da pandemia de covid-19. Há três anos, o número de pedidos de seguro-desemprego ficou abaixo do mesmo período de 2023, com 3,6 milhões de benefícios requeridos entre janeiro e julho.
Vale destacar que o seguro-desemprego é concedido aos trabalhadores registrados em CLT que tenham contribuído com a previdência ao menos por 6 meses. Outros quesitos para o recebimento dos valores é ter sido demitido sem justa causa e não contar com renda suficiente para o sustento de dependentes. Já os valores pagos oscilam entre R$1.320 a R$ 2.230,97.
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