Aliados de Trump querem que Zelensky deixe a Ucrânia imediatamente
- Núcleo de Notícias
- 21 de fev.
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Casa Branca estaria insatisfeita com postura do presidente ucraniano, que atrapalha a negociação de paz com a Rússia

Aliados do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acreditam que o líder ucraniano Volodymyr Zelensky deve deixar a Ucrânia “imediatamente” e se exilar na França para não atrapalhar as negociações de paz com a Rússia. A informação foi divulgada pelo New York Post na quarta-feira (19), apontando um crescente descontentamento dentro da Casa Branca com a postura do ucraniano.
As tensões entre Washington e Kiev se intensificaram nesta semana, após Zelensky criticar a reaproximação diplomática entre EUA e Rússia promovida por Trump. Na terça-feira (18), representantes dos dois países se reuniram na Arábia Saudita para um encontro de alto nível visando restaurar as relações e buscar uma solução para o conflito na Ucrânia.
Zelensky exige um assento na mesa de negociações, mas Trump já afirmou que ele não está em posição de fazer exigências. Segundo o presidente norte-americano, o líder ucraniano teve anos para resolver o conflito e falhou.
Pressão para renúncia
Uma fonte próxima ao governo dos EUA disse ao New York Post que a insatisfação com Zelensky é antiga.
“Ouvi há meses que é hora de uma eleição na Ucrânia e de uma nova liderança”, afirmou.
Outro aliado de Trump foi mais direto:
“O melhor cenário para [Zelensky] e para o mundo é que ele vá para a França imediatamente.”
Zelensky se mantém no poder apesar do fim de seu mandato em maio de 2024, se recusando a realizar novas eleições sob a justificativa da lei marcial imposta pela guerra.
Na terça-feira, Trump questionou a legitimidade do líder ucraniano e afirmou que sua popularidade está “em 4%”. No Truth Social, o republicano criticou a resistência de Zelensky em convocar eleições e alertou:
“Ele se recusa a fazer eleições, está muito mal nas pesquisas ucranianas. Melhor agir rápido ou ele não terá mais um país.”
Zelensky rebateu as declarações acusando Trump de espalhar “desinformação russa” e alegando que sua aprovação ainda estaria em 57%.
Perda de apoio e possibilidade de sucessão
Uma pesquisa interna citada pelo The Economist aponta que Zelensky perderia as eleições caso concorresse contra seu ex-comandante militar, Valery Zaluzhny, que hoje é embaixador da Ucrânia no Reino Unido. Segundo os dados, Zaluzhny venceria por ampla margem, com 65% contra 30% de Zelensky.
A popularidade do presidente ucraniano despencou de 90% nos primeiros meses da guerra para níveis bem mais baixos devido às derrotas no campo de batalha e à crise econômica.
O Kremlin também declarou que não reconhece Zelensky como líder legítimo da Ucrânia e que considera o parlamento ucraniano e seu presidente como as únicas autoridades legítimas do país.
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