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Alerta vermelho: Risco Brasil - e dívida pública - não param de subir

Com alta de juros nos EUA e incertezas fiscais do governo Lula, cresce também a desconfiança dos investidores lá fora

Crédito da imagem: Agência Brasil


Dizem que notícias ruins são aquelas que nunca demoram a chegar. O que é quase uma unanimidade, não se reflete pelos gabinetes do governo Lula.


Quando a The Standard and Poor’s (S&P) comunicou a melhora na nota de crédito brasileira de “estável” para “positiva” em junho, não faltou quem disputasse a paternidade da criança - muito embora, o país tenha colhido frutos das ações do ministro da Economia, Paulo Guedes e da política monetária do Banco Central.


Agora, com a tendência de piora da conjuntura brasileira, a situação é exatamente a oposta. Sem cortes de despesas - e sem explicar de onde irá tirar as receitas para atingir a meta de déficit zero - a equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, terá de lidar com as expectativas de uma queda na nota de crédito do país.


A razão do aleta vem direto dos Estados Unidos. Com juros mais altos, os investidores naturalmente procuram o mercado (mais seguro) norte-americano, o que causa efeito imediato em países emergentes. Essa situação se agravou com os prognósticos do risco-Brasil, que deve encerrar setembro com alta de 10%.


O risco Brasil, vale a nota, é calculado pelo CDS (Credit Default Swap) - um título usado como seguro para operações de crédito. Caso a marca seja mantida até 30 de setembro será o pior resultado obtido desde março deste ano.


Arcabouço fiscal indefinido x Dívida Pública nas alturas


Além do CDS, o cenário brasileiro é escrutinado em outras frentes. Entre elas, o arcabouço fiscal e a reforma tributária - ambas, ainda navegando por mares de incerteza. Outro dado preocupante - e que não escapa do radar do mercado - é o endividamento estatal, que tem crescido, “sem medo de ser feliz”.


Acúmulo de gastos do governo, como a ampliação da máquina de servidores - contribuíram para o crescimento do estoque da dívida pública federal. Em agosto, ela subiu 2% em comparação a julho, atingindo cerca de R$ 6,3 trilhões - e contando.

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