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Sincero, Alckmin diz que reforma tributária fará Brasil crescer somente 12% em 15 anos

Presidente em exercício, Geraldo Alckmin, elogiou a reforma, mas ofereceu dados bastante modestos sobre a economia



Durante participação nesta semana no 8º Encontro Anual da Indústria Química, em São Paulo, o presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSD-SP) decidiu profetizar sobre o crescimento do Produto Interno Bruto brasileiro impulsionado pela eventual aprovação da PEC 45, que prevê a simplificação no sistema tributário nacional.


"Essa é uma reforma que pode fazer, em 15 anos, o PIB brasileiro crescer 12%”, arriscou Alckmin. 


“Ela traz eficiência econômica e ajuda enormemente na economia", completou o vice-presidente que acumula a função de ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.


Para explicar melhor seu entendimento sobre o potencial de crescimento econômico, Alckmin elogiou a simplificação de impostos sobre o consumo, além de elogiar a desoneração das exportações.


"A reforma simplifica. Cinco impostos sobre consumo viram um IVA Dual, desonera completamente investimento e importação, porque acaba com a cumulatividade e tira um dos instrumentos fundamentais da guerra fiscal", explicou.


A análise de Geraldo Alckmin, entretanto, não oferece muitas vantagens para o desenvolvimento do PIB nacional se tirarmos como base o crescimento atingido em 2022 sem qualquer reforma tributária.


Segundo dados do Banco Central, o Produto Interno Bruto do Brasil cresceu 2,9% em 2022, somando R$ 9,9 trilhões. O número - caso replicado nos próximos 15 anos, conforme sugere Alckmin - atingiria quase 45%. Portanto, muito inferior ao prognóstico do presidente em exercício.


Setor de serviços está pessimista com a reforma


Embora os dados oferecidos por Alckmin demonstrem otimismo, o setor de serviços - responsável por 70% das contratações no Brasil - acredita que o aumento das alíquotas trará retrocesso econômico.


Em uma das últimas audiências públicas na Comissão de Constituição e Justiça do Senado  (CCJ) antes da votação do texto na Casa, o diretor-presidente da Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias (ABCR), Marco Aurélio Barcelos, afirmou que o  setor sofrerá incremento de 98% da alíquota efetiva, passando a pagar 17,1% de imposto.


O cálculo feito Barcelos reforça que a nova tributação trará como consequência aumento de tarifas dos pedágios, reajuste de fretes e, como consequência imediata, “efeito inflacionário”.


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