Ajuda de US$ 54 bilhões é concedida ao Credit Suisse
- Carlos Dias
- 16 de mar. de 2023
- 2 min de leitura
Socorro ao banco suíço visa evitar crise bancária global

Pela primeira vez desde a crise de 2008 um grande banco global solicitou ajuda emergencial nesta quinta-feira (16). O Credit Suisse anunciou que receberá emprestado do banco central da Suíça o montante de US$ 54 bilhões com o intuito de acalmar os investidores e como reforço de sua liquidez após o baque gerado na economia, principalmente no setor bancário, após a quebra do SVB (Silicon Valley Bank) na última semana, e que poderia ser o pontapé inicial para grave crise global no setor.
O questionamento levantado por muitos neste momento é se, mediante os recentes problemas apresentados pelas instituições financeiras, os bancos centrais dos países serão capazes de manter seu combate à inflação utilizando fortes elevações nas taxas de juros.
A ajuda financeira ao Credit Suisse veio em um momento crítico, após a recusa de socorro por parte um de seus maiores investidores na última quarta-feira (15). Entretanto, o novo crédito junto às autoridades suíças só pode ser liberado mediante o compromisso de atender “aos requisitos de capital e liquidez impostos a bancos sistemicamente importantes”, como também à condição de que ele poderia “acessar a liquidez do banco central, se necessário”.
O anúncio realizado no meio da noite desta quarta-feira (15) em Zurique, ajudou a recuperar as graves perdas na bolsa de valores, geradas como reação direta pelo receio dos investidores de que houvesse uma corrida desenfreada aos bancos por todo o mundo. A medida teve como reação imediata o crescimento das ações do Credit Suisse em 24%.
De acordo com JP Morgan, a medida surtirá efeito por tempo suficiente para que o banco consiga se reestruturar. “A combinação de medidas deve ser suficiente para conter os movimentos negativos na estrutura de capital, já que o mercado precificou o impacto potencial das pressões de liquidez”, declarou Morgan em nota nesta quinta-feira (16). As informações são da Reuters.
Comments