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Agro reage contra "ativismo climático" na Alemanha

"Tratoraço" organizado por representantes do agro invadiu Berlim em protesto contra corte de subsídios ao setor. Medidas criticadas têm apoio do Partido Verde


Tratoraço na Alemanha em defesa do Agro: AAA


Enquanto a imprensa internacional tem se esforçado para culpar empresários, agricultores e outros importantes players da economia pelas “mudanças climáticas”, uma série de eventos cruciais tem passado quase despercebidos pelo olhar crítico da população mundial.


Um dos mais significativos aconteceu nesta-segunda-feira (18), em Berlim, capital da Alemanha. Apesar de não ter sido amplamente divulgado pela mídia, alguns sites reportaram a movimentação de milhares de fazendeiros - muitos deles, ”armados” com seus tratores - em direção ao Portão de Brandemburgo para protestar contra uma série de benefícios cortados pelo governo ao setor do agronegócio.


Agricultores negam acatar medidas do governo da Alemanha


O “tratoraço” convocado pela Associação Alemã de Agricultores (AAA), a manifestação contou com a participação de cerca de 1.500 representantes do Agro, descontentes com a ação governamental.


“As medidas foram uma verdadeira declaração de guerra contra o agronegócio alemão”, afirmou Joachim Rukwied, que preside a AAA. “A categoria não aceitará de forma alguma as propostas”, reiterou.


Os principais elementos da discórdia foi a decisão do governo do primeiro-ministro Olaf Scholz e do presidente Frank-Walter Steinmeier de eliminar os subsídios ao diesel agrícola, além de terminar com a desoneração de impostos para a compra de veículos agrícolas. Todas as medidas foram inseridas na lei orçamentária de 2024.


O ministro da Agricultura, Cem Özdemir - que integra o Partido Verde - é um dos mentores da decisão “sustentável”. Embora ele tenha prometido amenizar o conflito entre agricultores e governo, o ministro foi um dos principais alvos das vaias durante o manifesto.


“A partir de 8 de janeiro estaremos em todos os lugares de uma forma que o país nunca viu antes”, prometeu Rukwied, reforçando que os protestos dos representantes do agro devem continuar até que o governo alemão reveja as medidas.


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