Agricultores lutam pela volta do subsídio para o diesel e prometem estender protestos contra o governo de Olaf Scholz
Governo federal da Alemanha
Os agricultores alemães cumpriram a promessa e voltaram a paralisar suas atividades em quase todos os 16 estados do país. O movimento - que deve se estender até 15 de janeiro - reuniu mais de 5 mil tratores, que bloquearam vias nas regiões da Saxônia, Baviera, Baden-Württemberg e Renânia do Norte-Vestfália. A ação chegou a interromper as aulas e o funcionamento de fábricas e outras atividades econômicas.
O principal líder sindicalista do agronegócio alemão, Joachim Rukwied, afirmou que a categoria poderá, inclusive, estender os protestos caso todos os subsídios destinados ao setor não sejam retomados. Os fazendeiros querem a retomada dos incentivos ao diesel agrícola, interrompido após o governo fechar um acordo com o Partido Verde para a retomada de medidas contra as “mudanças climáticas”.
“Caso isso não aconteça (a volta dos subsídios), o fornecimento de alimentos de alta qualidade estará comprometido”, alertou Rukwied.
Governo afirma que "extrema-direita" alemã está envolvida nos protestos
Do lado governista, o vice-chanceler alemão, Robert Habeck, rebateu o líder do agro e afirmou que “extremistas” querem usar os agricultores para espalhar terror.
“Há mensagens que circulam sobre tentativas fantasiosas de golpe por grupos extremistas que fomentam ódio com símbolos nacionalistas exibidos abertamente”, declarou Habeck,.
O governo também acusa a categoria de defender uma medida “inconstitucional” e ainda afirma que o movimento é patrocinado por “entidades extremistas” de partidos de direita.
Como o Rumo Econômico tem mostrado, algumas medidas anunciadas em 2023 foram canceladas - ou adiadas - pelo primeiro-ministro Olaf Scholz. Entre elas, ficou acordado que os incentivos fiscais para veículos agrícolas não serão reduzidos em 2024. Já os subsídios concedidos para combustíveis devem ser cancelados, mas de forma gradual.
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