Em meio a protestos, o presidente da França, Emmanuel Macron, adiantou que acordo entre União Europeia e Mercosul não irá ocorrer
Emmanuel Macron - Agência Brasil/EBC
Uma semana após a reunião de representantes do Mercosul e União Europeia, uma declaração do presidente da França, Emmanuel Macron, voltou a esfriar as negociações entre as partes sobre um eventual acordo de livre-comércio.
Macron afirmou, por meio de sua assessoria, que a parceria entre os blocos “é praticamente impossível”, tendo como base as propostas sugeridas pelos sul-americanos.
A decisão do líder francês acontece justamente em que seu governo volta a ser pressionado pelos agricultores. Na segunda-feira, mais de 1.500 tratores bloquearam estradas próximas a Paris, em reivindicação a uma série de medidas, que incluem a proteção aos produtos locais.
Se o acordo Europa-Mercosul for assinado, os produtos agrícolas poderão ser adquiridos pelo governo francês a preços bem mais acessíveis.
“Entendemos que a Comissão Europeia instruiu seus negociadores a encerrarem a discussão com o Mercosul. Certamente, o presidente observou a situação atual, tanto na França como na Alemanha, Polônia, Holanda e no resto da Europa”, justificou a secretaria de comunicação do governo francês.
Protestos do agro ganham mais apoiadores na França
Além do bloqueio promovido nas estradas, os agricultores decidiram parar caminhões que transportam produtos importados para a região de Paris. Segundo o sindicato da categoria, o manifesto pretende destacar a prática injusta de comércio no país. De acordo com a prefeitura parisiense, pescadores, caminhoneiros e funcionários da construção civil também aderiram aos protestos.
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