Câmara votará projeto que compara aborto a um assassinato, em caso de gestação acima de 22 semanas
Após dois adiamentos, a Câmara dos Deputados aprovou em votação simbólica (ou seja, sem a divulgação do nome do parlamentar) o regime de urgência para a votação do PL 1904/24, de autoria do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que equipara o aborto de gestação acima de 22 semanas ao crime homicídio. Além de Sóstenes, mais 32 parlamentares deram aval ao projeto.
Com o avanço no legislativo, a matéria poderá chegar ao plenário sem a necessidade de ser debatida nas comissões da casa.
"Basta buscar a Organização Mundial da Saúde (OMS)”, afirmou o coordenador da Frente Parlamentar Evangélica, deputado Eli Borges (PL-TO). “A partir de 22 semanas é assassinato de criança literalmente, porque esse feto está em plenas condições de viver fora do útero da mãe”, apontou o parlamentar, que também é autor do requerimento de urgência.
Já a deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS) criticou o sistema de votação, sem que os líderes se manifestassem. "Achamos que esse regime de urgência precisava ficar registrado, porque é um ataque muito grande às meninas brasileiras”, lamentou.
Segundo o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), os líderes partidários concordaram em realizar a votação sem torná-la nominal em uma reunião ocorrida na tarde de quarta-feira (12). "Nós inclusive chamamos por três vezes o Pastor Henrique Vieira ( que atua como vice-líder do PSOL) para orientação", confirmou Lira.
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