A demissão de Jean Paul Prates tem provocado mudanças radicais no comando da Petrobras, afirma jornal
Após o escândalo conhecido como Petrolão, a simples combinação das palavras “PT e Petrobras” se transformou em um pesadelo - principalmente para acionistas e pensionais, os mais afetados pela roubalheira institucionalizada na estatal.
Muita água e petróleo passaram debaixo da ponte, desde que o poder judiciário entrou em cena para reverter o jogo. Até mesmo empreiteiras como OAS e Odebrecht - cujos dirigentes confessaram prática de corrupção - hoje recebem agrados e posam de vítimas.
Já a mais recente novidade sobre a petroleira brasileira não é tão nova assim. Após a demissão de Jean Paul Prates da presidência, a Petrobras tem convivido com práticas nada atraentes para investidores - e para o próprio pagador de impostos que depende dos combustíveis administrados pela empresa.
Magda Chambriard - que assumiu a vaga de Prates em junho - tem contribuído para o retorno da tensão no coração da companhia. Como descrito pela colunista Malu Gaspar do jornal O Globo, Chambriard têm promovido trocas constantes para satisfazer o presidente da República e seu mais novo “conselheiro”: o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira - o principal player na saída de Jean Paul Prates.
Segundo a publicação, as mudanças mais significativas acontecem na área de exploração e produção, e que envolvem grandes contratos para perfuração e obras de engenharia - prática, esta, que acabou contaminada por esquemas corruptos envolvendo empreiteiras e agentes públicos em um passado não tão distante.
A matéria de O Globo destaca ainda que os nomes escolhidos para ocupar as funções de gerentes-executivos nesses setores são muito bem remunerados, ganhando cerca de R$ 80 mil mensais, só perdendo para os grandes executivos da direção.
Os “eleitos” da Petrobras
A reportagem sobre a “nova Petrobras” não se resume a descrever a mudança de perfil adotada por Magda Chambriard. O texto dá nome aos bois. Entre os indicados estão o ex-secretário de energia do Rio de Janeiro, Wagner Victer, escolhido para assumir a gerência do campo de Búzios.
Outro apadrinhado por Chambriard é o professor do Instituto de Economia da UFRJ, Eduardo Costa Pinto. De acordo com O Globo, Pinto - cuja experiência no setor é quase nula - seria uma exigência da Federação Única dos Petroleiros - sindicato com enorme influência política na estatal.
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