2021, um ano decisivo
- Carlos Dias
- 9 de mar. de 2021
- 2 min de leitura
Reequilíbrio nas relações políticas
Imagem: Pintura de Victor Meirelles - Domínio Público/Creative Commons/ Wikimedia Commons
Muitos acadêmicos, políticos e líderes setoriais têm se manifestado sobre a necessidade de um reequilíbrio das relações econômicas e políticas. Apontam para as eleições das presidências da Câmara Federal e do Senado da República como marco relevante para a restauração das pautas econômicas eleitas em 2018.
De fato, é de extrema importância a retomada das pautas que elegeram o governo Bolsonaro e, de forma atrevida, eu diria que até mesmo que o próprio governo deveria se reencontrar com essa pauta.
Devemos lembrar que as pautas de 2018 contemplavam não só uma revisão das políticas de impacto econômico no campo das reformas, que se ligavam à linha liberal, mas a base central, o dorso das mudanças estava e permanece no campo de visão conservador.
A sociedade brasileira espera do governo federal e do Poder Legislativo mudanças no ordenamento legal que restabeleça alterações na Constituição Federal que reflitam tanto as vontades expressas da população no campo da economia quanto no campo moral.
É inaceitável que o Brasil conviva com legislações que, embora contem com forçosas ampliações de interpretações nos tribunais, permitam o aborto, a união civil de pessoas do mesmo sexo, a adoção de crianças por pares homossexuais, a abertura do campo educacional para a ideologia de gênero. E, de modo inverso, restrições indevidas ao direito de defesa no que se refere a possibilidade da posse, do porte de armamento e da compra de munição.
Não é uma simplificação, mas a economia mundial já precificou a crise provocada do vírus chinês. O que tem subsistido é o subproduto dessa crise sanitária, o controle social. Essa é a questão central que não pode ser combatida, apenas, pela agenda econômica. Nesse ponto é que se insere o conjunto de virtudes próprias da pauta conservadora. Não se constrói um arranjo social virtuoso sem a presença da fé, das tradições, da base familiar natural e da liberdade.
Infelizmente, os liberais são incapazes de associar essas duas pautas como os conservadores o fazem. E, esse divórcio, é um grande perigo para o avanço do país.
A restauração econômica como provado pela China em sua infiltração no capitalismo oligopolizado, indica que o sistema sem as virtudes conservadoras, deverá se converter em domínio econômico e em escravização social de vários níveis e modos.
A Constituição brasileira reforça essa ilusão do Estado provedor, com seus dirigismos e interpretações de direitos inalcançáveis apenas pelo cidadão comum.
Criou-se o Estado de privilégios da burocracia estatal, da corrupção político-administrativa, do empresariado avesso ao risco da concorrência, da baixa produtividade, da concentração de renda e da baixa capacidade de poupança. Acrescente-se a isso a enorme dívida pública que consome no mínimo 50% do orçamento da União.
Esse é o desafio imposto para 2021: a conjugação da pauta Conservadora com a Liberal, pois sem esse sincronismo, o avanço das transformações na economia, que, embora possam chegar à retomada do crescimento e do emprego, poderão permitir, de forma similar ao ocorrido no período petista, o surgimento de um novo populismo.
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