Odebrecht e Andrade Gutierrez ganharam sinal verde da Petrobras para ampliar a refinaria Abreu e Lima
Abreu e Lima - Petrobras
Em nova derrota da Lava Jato, as empreiteiras Odebrecht (hoje, Novonor) e Andrade Gutierrez voltaram a vencer licitações promovidas pelo governo federal. A notícia acontece quando a operação anticorrupção - hoje totalmente desmontada - completou 10 anos desde sua estreia, com a prisão do diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa.
Segundo a própria estatal, as construtoras poderão atuar nas obras de finalização da refinaria Abreu e Lima – incluídas na lista do Novo PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) – previstas para serem iniciadas no segundo semestre.
A Abreu e Lima, por sua vez, também retorna à cena com um histórico suspeito. Fruto de um projeto conjunto com o governo do ditador Hugo Chávez anunciado em 2005, a refinaria foi entregue inacabada após custar R$ 20 bilhões aos pagadores de impostos – um sobrepreço de R$ 18 bilhões.
A Venezuela, inicialmente parceira do Brasil na empreitada, não teve qualquer participação financeira nas obras. O acordo – apenas verbal – não foi documentado oficialmente pelo governo do então presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Como será a atuação da Odebrecht e da Andrade Gutierrez
Um dos braços da nova Odebrecht, a Tenenge, venceu a licitação para concluir a ampliação da Abreu e Lima em um contrato de R$ 8 bilhões. Já a subsidiária da Andrade Gutierrez – a Consag – ganhou uma licitação para operar em dois lotes por R$ 3,9 bilhões. Os dois contratos preveem expansão na produção de diesel S10 para 260 mil barris diários.
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